Nos últimos anos, o Brasil passou por uma verdadeira revolução nos meios de pagamento. O cartão com chip e a tecnologia de aproximação, também conhecida como contactless, deixam de ser luxo para se consolidar como padrão no mercado.
Essa transformação não acontece por acaso. Praticidade e segurança caminham lado a lado e ganham força a cada transação, moldando a experiência do consumidor e a operação do varejo.
Os cartões com chip incorporam um microprocessador que armazena e processa dados de forma criptografada. Já a função de aproximação utiliza tecnologia NFC (Near Field Communication), permitindo que o cartão se comunique com o terminal de pagamento sem contato físico.
Quando o consumidor encosta o cartão a poucos centímetros da máquina, ocorre uma troca de informações criptografadas em milissegundos. Essa comunicação dinâmica dificulta fraudes e torna o processo mais rápido, simplificando a rotina de quem compra e de quem vende.
Em 2024, o volume total transacionado com cartões ultrapassou R$ 4,1 trilhões, um crescimento de 10,9% em relação a 2023. As operações presenciais por aproximação atingiram 67,2% do total, contra 54,7% no ano anterior.
Além disso, mais de 100 milhões de cartões de crédito ativos já utilizam a tecnologia NFC. O segmento de pagamentos recorrentes cresceu 38,6% em 2024, totalizando R$ 106 bilhões, quase todo concentrado em crédito. Esses números demonstram que a adoção do contactless cresce sem parar e está presente em todo o território nacional.
O uso de cartões com chip e aproximação traz benefícios claros para todo o ecossistema de pagamentos.
Os especialistas projetam que até o fim de 2025, praticamente todos os cartões emitidos no Brasil terão chip e serão habilitados para pagamentos por aproximação. Na mesma linha, o Banco Central prepara o lançamento do Pix por aproximação via NFC.
Essa novidade permitirá pagamentos instantâneos sem o cartão físico, aproximando ainda mais clientes e comerciantes de uma experiência livre de atritos. A expectativa é que o Pix por aproximação ganhe rápida aceitação, consolidando o contactless como a principal forma de pagamento presencial.
O novo cartão do programa Auxílio Brasil, agora com chip e função débito, ilustra perfeitamente os ganhos sociais dessa tecnologia. São mais de 6,6 milhões de famílias com acesso a pagamentos mais seguros e independentes, reduzindo riscos e possibilitando controle financeiro.
Para empresas como Visa e Mastercard, a segurança apoia-se em quatro pilares fundamentais. A combinação de chip, contactless, autenticação avançada e análise contínua de operações cria uma barreira robusta contra atividades suspeitas.
Apesar dos números promissores, a transição completa enfrenta barreiras logísticas e regionais. Em áreas remotas, há menor acesso a terminais NFC e menor índice de bancarização, exigindo esforços de infraestrutura e treinamento.
É essencial alinhar parcerias entre instituições financeiras, operadoras de cartão e governo para levar tecnologia de ponta a todos os cantos do país, eliminando desigualdades no acesso a meios de pagamento modernos.
A expansão do contactless reflete a crescente digitalização do varejo e do consumo. Lojas de pequeno porte, grandes redes e plataformas de e-commerce integram soluções de pagamento sem contato para tornar a jornada do cliente mais fluida e memorável.
Com terminais móveis, smartphones e smartwatches habilitados, o consumidor tem liberdade para escolher seu método favorito. Essa convergência de tecnologias reforça a ideia de que o futuro dos pagamentos é digital e sem barreiras.
Em síntese, cartões com chip e aproximação trouxeram o que todos esperavam: mais agilidade, mais segurança e mais inclusão. À medida que novas funcionalidades e o Pix por aproximação ganham vida, o Brasil se posiciona na vanguarda mundial dos meios de pagamento.
Referências