Logo
Home
>
Cartões de Crédito
>
Cartões corporativos devem ter uso separado do pessoal

Cartões corporativos devem ter uso separado do pessoal

24/04/2025 - 07:59
Lincoln Marques
Cartões corporativos devem ter uso separado do pessoal

Em um cenário corporativo cada vez mais complexo, a gestão financeira exige práticas rigorosas para evitar inconsistências e fraudes. A utilização correta de cartões corporativos contribui para uma administração transparente e eficaz, protegendo tanto a empresa quanto o colaborador.

Este artigo explora as definições, regras, riscos e melhores práticas para manter as finanças pessoais e corporativas sempre bem separadas.

O que é cartão corporativo e seus objetivos

O cartão corporativo é um cartão de crédito, físico ou virtual, fornecido pela empresa com o propósito de custear despesas relacionadas ao trabalho. Ele permite gerenciar gastos em viagens, hospedagens, alimentação e compra de materiais sem a necessidade de reembolsos manuais constantes.

Ao centralizar, acompanhar, limitar e controlar gastos empresariais, a organização obtém relatórios precisos e reduz o tempo dedicado à prestação de contas. Plataformas digitais integradas facilitam o fluxo de aprovação, tornando o processo mais ágil e seguro.

Regras e políticas de uso essenciais

Para garantir conformidade e evitar problemas, toda empresa deve estabelecer normativas claras que orientem os colaboradores sobre o uso adequado do cartão corporativo.

  • Limites de gastos definidos por área, colaborador ou projeto.
  • Proibição estrita de despesas pessoais, mesmo em situações emergenciais.
  • Vedação de saques em caixas eletrônicos, dificultando rastreamento de valores.
  • Obrigatório envio de comprovantes fiscais para cada transação realizada.
  • Devolução imediata do cartão ao término do vínculo empregatício ou contrato.

Despesas permitidas e proibidas

Entender com precisão o que pode ou não ser custeado pelo cartão corporativo é fundamental para evitar transtornos.

  • Passagens aéreas, rodoviárias e hospedagens aprovadas pela empresa.
  • Alimentação em viagens corporativas e eventos profissionais.
  • Compra de materiais de escritório, equipamentos autorizados e licenças de software.
  • Combustível e manutenção de veículos quando previamente autorizados.
  • Despesas pessoais como roupas, eletrônicos e entretenimento particular.
  • Pagamentos de boletos ou contas que não estejam vinculados ao negócio.
  • Presentes pessoais ou compras de alto valor sem autorização formal.
  • Multas, infrações e gastos de acompanhantes não relacionados às atividades da empresa.

Riscos e consequências do uso indevido

A utilização inadequada do cartão corporativo pode acarretar sérias implicações para a empresa e o colaborador. Fraudes e desvios de recursos comprometem a saúde financeira e a reputação do negócio.

Além disso, inserir gastos pessoais na contabilidade corporativa pode gerar passivos tributários e autuações da Receita Federal. Em casos extremos, o empregado pode sofrer advertências, suspensões ou até demissão por justa causa.

A importância da separação dos gastos

Manter despesas pessoais e corporativas em contas separadas assegura transparência e responsabilidade financeira. Essa prática fortalece o compliance e reduz possíveis inconsistências em auditorias internas ou externas.

Para a empresa, a clareza nos registros facilita a análise de custos, suporta decisões estratégicas e reflete maturidade na governança corporativa. Para o colaborador, demonstra comprometimento e respeito às normas internas.

Números do setor em crescimento

O mercado de cartões corporativos no Brasil registra avanços significativos, impulsionados pela digitalização e pela busca por eficiência nas finanças empresariais.

Esses dados, fornecidos pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), evidenciam a adoção crescente de soluções de controle de despesas.

Boas práticas para empresas

Implementar processos robustos e orientações claras é essencial para manter a saúde financeira e prevenir irregularidades.

  • Definir políticas internas em manuais acessíveis a todos os colaboradores.
  • Segmentar limites de consumo por centro de custo, área ou cargo.
  • Automatizar o fluxo de aprovações de despesas por meio de softwares especializados.
  • Realizar treinamentos periódicos sobre uso correto e prestação de contas.
  • Manter auditorias regulares e canal de denúncias para irregularidades.

Transparência, legislação e tendências

No setor público, o Projeto de Lei 2.695/2019 propõe a divulgação obrigatória das faturas e prestações de contas de cartões corporativos, ampliando o controle social. No âmbito privado, muitas empresas utilizam plataformas que oferecem monitoramento em tempo real, controles de aprovação e relatórios automáticos.

O futuro aponta para a adoção de inteligência artificial e machine learning, permitindo previsões de gastos e alertas automáticos sobre padrões suspeitos, reforçando ainda mais a segurança contra fraudes corporativas.

Conclusão

Separar despesas pessoais e corporativas não é apenas uma exigência normativa, mas um pilar de gestão que garante credibilidade e eficiência. Adootar práticas claras fortalece a cultura de responsabilidade e protege todos os envolvidos no processo.

Inspire-se nas melhores práticas do mercado brasileiro e promova uma governança sólida em sua empresa. Ao seguir as diretrizes apresentadas, você contribui para uma administração mais transparente, segura e alinhada com os desafios do mundo corporativo contemporâneo.

Lincoln Marques

Sobre o Autor: Lincoln Marques

Lincoln Marques, 34 anos, é redator no fludit.com, especializado em soluções financeiras acessíveis e práticas para quem busca equilibrar o crédito pessoal e melhorar sua saúde financeira.