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Evitando Armadilhas: O Que Não Fazer ao Pedir um Empréstimo

Evitando Armadilhas: O Que Não Fazer ao Pedir um Empréstimo

01/11/2025 - 19:12
Robert Ruan
Evitando Armadilhas: O Que Não Fazer ao Pedir um Empréstimo

No Brasil atual, a facilidade de acesso ao crédito digital e a publicidade agressiva têm levado muitas famílias a um caminho perigoso de endividamento.

Dados apontam que 64% dos lares brasileiros estão endividados, e 30% encontram-se superendividados, sem capacidade de pagar suas dívidas. Entre os aposentados, 42% possuem dívidas consignadas com desconto automático na renda mensal.

Principais Armadilhas na Contratação de Crédito

Conhecer os riscos antes de assinar qualquer contrato é fundamental. As práticas que seguem podem levar ao superendividamento e à frustração financeira.

  • Facilidade e rapidez excessiva: ofertas de crédito em caixas eletrônicos e aplicativos sem detalhar detalhes de juros.
  • Ofertas publicitárias agressivas: anúncios que prometem dinheiro fácil sem alertar para custos.
  • Omissão de custos e taxas: ausência de explicação clara sobre o Custo Efetivo Total (CET).
  • Parcelamento automático em prazos muito longos, elevando o valor final pago.
  • Propostas que adiamos a primeira parcela, mas aumentam encargos cumulativos.
  • Empréstimo consignado mal explicado, comprometendo grande parte da renda.

Consequências das Armadilhas Financeiras

Quando o consumidor não percebe as condições reais do empréstimo, o resultado pode ser devastador.

Além do superendividamento, ocorre a negativação do nome e a restrição de crédito futuro. Cancelar contratos torna-se um desafio, pois muitas instituições exigem presença física em agência e criam obstáculos burocráticos.

Golpes que cobram taxas antecipadas são frequentes e resultam em prejuízo imediato, sem qualquer liberação de recursos.

O Que Não Fazer ao Pedir um Empréstimo

Evitar riscos exige disciplina e atenção aos detalhes de cada proposta.

  • Não contratar sem ler todas as cláusulas, taxas e condições detalhadas.
  • Não aceitar propostas sem comparar o Custo Efetivo Total e as taxas nominais.
  • Não pagar quaisquer taxas antecipadas para "liberação de crédito".
  • Não agir sob pressão de correspondentes bancários ou publicidade invasiva.
  • Não fornecer dados pessoais sem verificar autorização do Banco Central.
  • Não emprestar seu nome para terceiros contratarem dívidas.
  • Não acreditar em promessas de crédito fácil com condições milagrosas.

Como se Proteger e Evitar Armadilhas

Adotar práticas de segurança e buscar informação confiável são as melhores defesas contra fraudes e endividamento.

  • Verificar se a instituição financeira é autorizada pelo Banco Central.
  • Solicitar e comparar detalhamento do CET antes de fechar negócio.
  • Perguntar sobre todos os encargos e o impacto de possíveis atrasos.
  • Evitar contratar pelo autoatendimento digital sem plena clareza.
  • Acionar Procon, Defensoria Pública ou Idec em caso de dúvida ou golpe.
  • Conhecer o direito de arrependimento: cancelamento em até 7 dias.
  • Acompanhar sua reputação financeira em órgãos como Serasa e SPC.

Dados e Exemplos em uma Visão Geral

Para ilustrar a realidade, confira um resumo dos principais indicadores nacionais.

Direitos do Consumidor e Legislação Aplicável

O Código de Defesa do Consumidor garante práticas transparentes e o direito de arrependimento em até 7 dias após contratação online.

O Banco Central regula e fiscaliza instituições autorizadas, coibindo práticas abusivas e exigindo clareza em contratos. Em caso de descumprimento, o cliente pode recorrer às autoridades competentes e obter reparação.

Conclusão e Chamado à Ação

Evitar armadilhas ao pedir um empréstimo requer preparo e cautela. A informação é a melhor aliada para não cair em ofertas enganosas.

Antes de tomar qualquer decisão, compare propostas, leia todos os detalhes e busque orientação jurídica ou em órgãos de defesa do consumidor. Assim, você mantém o controle de suas finanças e evita ciclos de endividamento injustos.

Robert Ruan

Sobre o Autor: Robert Ruan

Robert Ruan, 31 anos, é colunista financeiro no fludit.com, com foco em crédito pessoal, renegociação de dívidas e soluções financeiras.