Escolher pagar apenas o valor mínimo da fatura do cartão de crédito pode parecer uma saída fácil em momentos de aperto financeiro, mas essa prática pode gerar consequências drásticas. Neste artigo, você vai descobrir como funciona o crédito rotativo, quais os riscos envolvidos e as melhores estratégias para manter sua saúde financeira em dia.
O crédito rotativo é acionado automaticamente quando o consumidor não quita o valor total da fatura até a data de vencimento, optando pelo pagamento mínimo — geralmente entre 15% e 20% do montante total. O saldo não pago é financiado pelo banco, acumulando juros compostos elevados sobre o valor restante.
Por exemplo, se a fatura fecha em R$ 1.000 e você paga apenas R$ 200, os R$ 800 restantes entram no crédito rotativo. A partir daí, o banco cobra juros sobre esse saldo devedor, que são somados à fatura seguinte, alimentando o famoso ciclo de endividamento crônico.
Imagine uma fatura de R$ 1.000 com pagamento mínimo de 20% (R$ 200). Ao pagar esse valor, sobra um saldo de R$ 800 no rotativo. Considerando uma taxa de juros de 20% ao mês, após 30 dias a dívida cresce para R$ 960.
No mês seguinte, esse valor é somado à nova fatura, elevando o montante total a ser pago. Se o consumidor continuar pagando apenas o mínimo, a dívida segue crescendo de forma exponencial, configurando o efeito “bola de neve” das finanças pessoais.
Esse mecanismo faz com que uma simples dívida de R$ 1.000 possa se transformar em mais de R$ 1.200 em apenas um mês e ultrapassar R$ 2.000 em poucos meses, dependendo da taxa aplicada pelo banco.
Para amenizar os impactos do crédito rotativo, as autoridades financeiras estabeleceram algumas normas nos últimos anos:
Essa regulamentação representa um avanço significativo para o consumidor, mas não elimina a necessidade de cautela ao lidar com o crédito rotativo. Saber das novas regras é o primeiro passo para evitar armadilhas.
O crédito rotativo é considerado uma das formas mais caras de financiamento pessoal no Brasil. Seu uso recorrente pode gerar:
Além disso, ao pagar apenas o mínimo e continuar usando o cartão, grande parte do limite fica bloqueada até a quitação do saldo rotativo, limitando o acesso ao crédito em momentos de necessidade real.
Para fugir dos riscos do crédito rotativo e manter suas finanças saudáveis, siga estas dicas práticas:
Em situações de aperto, negocie diretamente com o banco ou procure orientação financeira especializada. O importante é interromper o ciclo de endividamento antes que ele se torne incontrolável.
Considerações finais: conhecer o funcionamento do crédito rotativo e suas regras é essencial para tomar decisões conscientes. Evite cair na armadilha dos juros altos, planeje-se e busque alternativas mais seguras. Assim, você mantém o controle do seu orçamento e evita dores de cabeça no futuro.
Referências