Logo
Home
>
Cartões de Crédito
>
Pague o valor total da fatura sempre que possível

Pague o valor total da fatura sempre que possível

05/05/2025 - 07:03
Lincoln Marques
Pague o valor total da fatura sempre que possível

O cartão de crédito tornou-se parte do dia a dia de milhões de brasileiros, oferecendo conveniência e rapidez nas transações. Porém, sem um cuidado adequado, ele pode levar a um ciclo perigoso de endividamento.

O papel do cartão de crédito na vida do brasileiro

Atualmente, cerca de 70% da população adulta no Brasil possui pelo menos um cartão de crédito. Essa ferramenta é valorizada por sua aceitação ampla e pela possibilidade de parcelar compras.

No entanto, muitos usuários acabam adiando o pagamento integral da fatura, seja por imprevistos, descontrole ou falta de planejamento. Essa escolha pode gerar encargos elevados e comprometer seriamente o orçamento.

Entender o funcionamento das opções de pagamento é o primeiro passo para evitar a incidência de juros e manter o controle de suas finanças pessoais.

Riscos de pagar apenas o mínimo

Ao optar pelo pagamento mínimo, o cliente quita apenas uma parte da fatura, deixando o saldo restante para o mês seguinte. Cada instituição financeira define livremente esse valor, que pode variar conforme o perfil do correntista.

Imediatamente após o vencimento, o valor residual entra no crédito rotativo, sujeito a taxas que podem ultrapassar 400% ao ano. Dessa forma, o débito inicial sofre acréscimo de juros compostos, tornando a recuperação mais difícil.

Quanto mais tempo você permanecer no crédito rotativo, mais rápido os juros se multiplicam, comprometendo o orçamento familiar e afetando o score de crédito.

Parcelamento da fatura: prós e contras

Parcelar a fatura pode ser uma alternativa mais vantajosa ao rotativo, uma vez que os juros costumam ser menores, girando em média entre 5% e 15% ao mês. No entanto, essa é uma dívida que se estende por vários meses e consome o limite do cartão.

Para ilustrar, veja o cálculo de uma fatura de R$1.000 parcelada em 3 vezes a 5% ao mês:

Ao final, o total pago será de R$1.101,63, representando um acréscimo de R$101,63 sobre o valor original. Apesar de previsível, esse custo extra ainda impacta o orçamento.

O parcelamento oferece maior planejamento, mas a cobrança de juros e o comprometimento do limite do cartão continuam presentes.

Dicas para manter a saúde financeira

Controlar os gastos e antecipar o pagamento das faturas são medidas fundamentais para evitar o endividamento. Confira estratégias práticas:

  • Acompanhe diariamente as compras realizadas no cartão.
  • Programe a data de vencimento após o recebimento do salário.
  • Reserve parte da renda mensal para despesas essenciais.
  • Evite parcelamentos que comprometam vários meses.
  • Use o cartão com planejamento, não como extensão do salário.

Alternativas em caso de dificuldade

Se não for possível quitar o valor total, existem opções que reduzem o impacto financeiro:

  • Opte pelo parcelamento da fatura antes do vencimento.
  • Simule as opções de pagamento na Calculadora do Cidadão do BC.
  • Renegocie dívidas buscando condições melhores diretamente com o banco.

Essas medidas ajudam a minimizar o impacto dos juros e evitam que o CPF seja negativado em órgãos de proteção ao crédito.

Conclusão

Pagar sempre o valor integral da fatura é a estratégia mais eficiente para manter o controle financeiro saudável e preservar o limite de crédito disponível.

Quando não for viável, prefira o parcelamento às taxas do crédito rotativo, mas faça isso com cautela e planejamento. Adotar boas práticas de controle de gastos garante tranquilidade e melhora o score de crédito ao longo do tempo.

Com informação e disciplina, é possível usar o cartão de crédito como aliado, evitando armadilhas e mantendo as finanças equilibradas.

Lincoln Marques

Sobre o Autor: Lincoln Marques

Lincoln Marques, 34 anos, é redator no fludit.com, especializado em soluções financeiras acessíveis e práticas para quem busca equilibrar o crédito pessoal e melhorar sua saúde financeira.